48 REVISTA realidade virtual, estão a mudar a forma como trabalhamos e, embora seja verdade, isto tor-nou alguns trabalhos mais fáceis e rápidos de realizar, e fez com que a necessidade de um ser humano em alguns cargos não seja indispensável. É por isto que a nova forma de consolidar uma boa equipa de trabalho depende da vi-são do seu líder. Há alguns anos e até meses teria sido “futurista” falar daquilo que é hoje uma realidade. O futuro do qual falamos nos últimos 10 anos é agora. A Covid-19 foi um catalisador muito radical que nos fez o favor de nos antecipar a hora de começar a viver em pleno 2020, como imaginávamos que iríamos estar em 2030. Para que isto aconteça, devemos munir-nos de novas aptidões e ferramentas, mas a primeira coisa que devemos fazer é deixar de pensar que são apenas soft skills quando na realidade são aptidões essenciais, aptidões não cogni-tivas, aptidões socioemocionais e aptidões que nos permitam desenvolver todo o tipo de trabalho sem ter estudado. Por outro lado, um estudo realizado por in-vestigadores do Banco Mundial em 2018 mos-tra-nos que o elevado desenvolvimento de aptidões não cognitivas, incluindo os 5 traços da personalidade, como a extroversão, cons-ciência, abertura à experiência, estabilidade emocional e amabilidade, estão relacionados com ter uma posição que não será substi-tuída pela tecnologia. O Fórum Económico Mundial fala-nos dos 4 Cs como as aptidões que diferenciam os humanos das máquinas, dos robôs e das aplicações, essas aptidões são: comunicação, criatividade, pensamento crítico e colaboração. Permitam-me dizer que, a partir de agora, devemos pensar que o compromisso de cada um de nós - e de cada colaborador - deve estar focado na era do imediatismo, da flexibilidade e da adaptabilidade. O futuro do qual falamos nos últimos 10 anos é agora. A Covid-19 foi um catalisador muito radical que nos fez o favor de nos antecipar a hora de começar a viver em pleno 2020, como imaginávamos que iríamos estar em 2030